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terça-feira, 19 de julho de 2011

Muita coisa a andar ao mesmo tempo

Os responsáveis da formação Geração benfica não têm tido mãos a medir.
É muita coisa a andar ao mesmo tempo.

Há muitos miúdos que manifestaram interesse em ingressar no Almada, nos variadíssimos escalões... há contactos a fazer com os pais, há treinadores novos a entrar no projeto, há reuniões de trabalho a fazer com esses novos elementos, a integração com os tecnicos antigos, há todo o planeamento da época desportiva, há toda a gestão da formação, há as obras do sintético, há os novos projetos para a nova época, há os patrocínios... e há contas para pagar... milhentas coisas que eu nem imagino...

Bem, isto para dizer o quê?


Apenas uma mensagem de conforto para todos os novos elementos que vão integrar na próxima época o projeto do Almada:



- Houve os primeiros contactos, há muita gente que nesse contacto telefónico afirmou estar interessado em entrar no Almada, e provavelmente mostra algum desagrado por não ter sido contactado de novo.

- O que eu peço é alguma paciência, esse contacto vai ser feito, muito em breve.

ACHO ESSENCIAL
que todos os novos jogadores e respetivos pais tenham a oportunidade de uma conversa pessoal com os coordenadores da Geração Benfica, conhecer todo o projeto, conhecer as pessoas, conhecer as instalações, tudo isso é fundamental para as pessoas sentirem que estão a tomar uma decisão acertada.

Confesso-vos que não sou só eu, há outras pessoas a insistir muito para que existam estes contactos céleres, que sejam marcadas visitas às instalações, que haja um reforço do vínculo com o Almada.

É normal que as pessoas sintam algum desconforto,  por terem sido contactadas, e estarem agora a aguardar o passo seguinte. Vem aí Agosto, a maioria das pessoas vai de férias, e quando voltam já estão as equipas a treinar... é muito em cima da hora!

Esses contactos deveriam ser feitos esta semana.


OUTRO ASSUNTO: AS CARTAS DE DISPENSA



Ouvi dizer, não sei se será verdade, por isso faço esta ressalva, vou falar de um assunto que não estou seguro seja verdade.

Dizem-me que há clubes que estão a negar as ditas «cartas» que permitem os miudos que têm mais de 14 anos sair dos clubes onde estão.

Dizem-me que até há pais que estão a pagar os valores definidos na lei, em alguns casos são elevados, noutros nem tanto, mas num momento de crise como o que vivemos, o valor mais baixo previsto na lei (200 euros) é sempre um problema. 200 euros é dinheiro!


O que é que eu penso sobre este assunto?

Esta é a minha opinião, pessoal, não vincula o Almada, nem ninguém do Almada.
Eu defendo que o princípio lógico, e de bom senso, é que os clubes exijam pagamentos de verbas apenas quando os miudos são convidados para os ditos «CLUBES GRANDES».


E qual é a lógica?

Se um clube, imaginemos o Almada, está há 3 anos a formar um jogador, este ano esse jogador evidenciou-se e o Sporting quer integrá-lo no seu plantel de Iniciados.
Faz sentido que pague o que está na lei, que são 2000 euros. O Clube formou, o clube grande canibalizou, beneficia do resultado dessa boa formação.


Agora imaginemos, o jogador está há 3 anos no Almada, e o Corroios convida o miúdo para os Iniciados. Porque razão o Corroios há-de pagar ao Almada, se sabemos que na mesma época o Almada recebeu «n» jogadores do Corroios e que nos anos anteriores esse movimento de jogadores sempre existiu?

Eu acho que essa exigência de pagamentos entre equipas do distrital  é um mau princípio.

E, sinceramente, cheguei a abordar este assunto com os dirigentes do Almada. Um clube não deve, não pode impedir um miúdo de sair. Tem é que convencê-lo a ficar!

Eu falo por mim. Se o meu filho quisesse sair do Almada, e o clube não desse a carta... juro que o miúdo não ficava no clube. Nem que o miudo deixasse de competir...
Estamos a falar de miúdos, o que queremos é que eles se divirtam. Fazer de miudos de 14 ou 15 anos uma espécie de mercadoria... em que se negoceia e se procura tirar proveitos, acho vergonhoso!

Ainda para mais, até há um argumento cada vez mais válido. É que o clube já nem pode dizer que pagou a formação do miudo... de cada vez mais, os pais vão pagando essa formação...

E depois, tudo isso é muito relativo... há casos em que ficam muitas dúvidas sobre se os miudos evoluíram ou se andaram de cavalo para burro...

Ou seja, na minha opinião, exigir aos outros aquilo que não queremos fazer, é desonesto, é jogo sujo e não é próprio de gente decente, bem formada.

Por isso, sempre que posso, faço essa pedagogia com os dirigentes do Almada:

«Com que moral não damos a carta  e exigimos dinheiro ao miúdo que quer ir para o clube «x» se queremos que venham «n» jogadores do clube «y» sem pagarmos nada?

É honesto?
Faz sentido?

Eu não acho!

Mas obviamente há muitas histórias que enquadram essas guerras entre clubes...

Eu já aqui defendi que havia uma solução muito interessante, caso os clubes se entendessem, o que também seria algo muito saudável... pelo menos na parte da formação:

Seria regulamentada uma reunião com todos os dirigentes dos clubes distritais, cada um levava as cartas de pedidos de jogadores na mão... e faziam-se as trocas. Como fazem os bancos em relação aos cheques. E tudo se fazia com bom senso!


O Clube «A» quer 3 jogadores do clube «B» e 4 do clube «C»

Por sua vez o Clube «B» quer 2 miudos do clube «A» e 3 do clube «C»

O Clube «C também quer 5 jogadores do clube «A» e 2 do «B»...

Mas, obviamente, isto é uma utopia minha...


A verdade é que sei que estão a existir algumas tensões nos clubes. Há clubes que dizem que não dão cartas! E ponto final...

1 comentário:

  1. Em relação ás cartas de dispensa:
    Infelizmente por todo o país estas situações acontecem, a maior parte por birra entre clubes, esquecendo-se o bem maior que são os jovens atletas. As acções ficam com quem as pratica mas muitas vezes se o fenómeno ocorre com alguém "mais importante" pode ser um valente tiro no pé, pois os pais dos escalões mais jovens iniciam uma debandada antes dos filhos ficarem presos (antes dos 14 anos). É claro que a lógica deveria ser a boa convivência entre clubes, facilitando a rotação de atletas, que nestas idades têm o direito de mudar de ares, mais ainda quando o clube original não assume as culpas destes desejos de mudança (mau ambiente, mau trabalho técnico, falta de oportunidades, etc...).
    Penso que a melhor lógica do "reembolso" pela formação seria só relativa a atletas que se profissionalizassem. O clube que fizesse o 1º contrato de trabalho pagaria a todos os clubes desde o inicio da prática da modalidade sem interrupções (sim, porque quem recebe são os clubes a partir dos 14 anos, se o clube local perder sistemáticamente os seus atletas aos 13 não ganha nada...)

    Saudações desportivas de outro pai "blogueiro" (http://futeboldeescola.blogspot.com)

    FM

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