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segunda-feira, 11 de julho de 2011

E mais sobre o tema da formação... e dicas sobre exercícios para o futebol

O Amigo Eduardo, que tem o fabuloso site, que recomendo (www.forfut.co.cc ), colocou um artigo muito interessante, com 5 dicas para melhor desempenho no futebol:
Aconselho-vos vivamente a consultarem o site do Eduardo de auando em vez, tem coisas muito interessantes!

5 Dicas para melhor desempenho no Futebol

Publicado a há 7 horas por Eduardo Santos   [ actualizado a há 7 horas ]
Dica # 1: Credibilidade das fontes
Encontrar a forma certa de melhorar o desempenho físico pode por vezes ser desencorajador. Um dos principais problemas é a quantidade de informação disponível nas mais diversas fontes. Pior ainda: provavelmente muitas das informações já se encontram desactualizadas. Portanto, a primeira dica é obter as informações junto de fontes dignas de confiança. Nem sempre é fácil descobrir quem tem a melhor informação. Normalmente é uma boa ideia confirmar as informações recebidas a cerca do treino físico. Aqui estão mais dicas para começar. Alguns dos nomes credíveis nesta área da formação são Mike Boyle e Mark Verstegen.
Dica # 2: Corridas de Longa Distância = Mau
É uma blasfémia na área do futebol. O problema das corridas de longa distância é que não são específicas para o futebol e prejudicam a força e a velocidade do jogador. O corpo humano adapta-se às condições e às exigências que lhe são impostas. Então, se o atleta estiver sempre a fazer corridas de 30 minutos, vai ficar excelente no que diz respeito a corridas de 30 minutos. Mas o futebol é um jogo de paragens e arrancadas: não é uma maratona. As corridas de longa distância podem realmente tornar o atleta mais lento e menos poderoso, o que como se sabe, é fundamental para o sucesso no futebol. Corridas em curtos períodos de tempo conjuntamente com “sprints” são melhores. Quantos jogadores correm corta-mato na época para ficar em forma? Se o futebol é o desporto principal, eu não recomendo.
Dicas # 3: Treino de Força Física
Quando se treina com pesos de uma determinada forma, atingem-se determinados objectivos. Se se fizerem 2-3 séries de levantamentos de 15-20 repetições irá ser trabalhada a resistência. Com 3 séries de 8-12 repetições trabalha-se a hipertrofia. Há uma altura e um lugar para cada tipo de treino da massa muscular. O importante a reter é que esse tempo e esse lugar não é "sempre". No futebol, querem-se atletas fortes. Mas forte não significa grande. Na verdade, é um mito a ideia que levantar pesos pesados torna um atleta enorme como os jogadores de futebol americano. O objectivo para o jogador de futebol é para ficar mais forte levantando pesos realmente pesados (somente depois de ter habituado o corpo a essas cargas pesadas).
Por que é que a força física é tão importante para jogadores de futebol?
# 1 Torna o jogador mais rápido. A força física é directamente proporcional à velocidade. Se o atleta quiser ser mais rápido, precisa para ficar mais forte. Quem tiver dúvidas deve procurar o estudo Weyand.
# 2 Torna o jogador mais ágil. As suas capacidades de corte, arranque e paragem são todas afectadas pelo aumento da capacidade muscular.
Não se devem levantar "apenas" pesos muito leves.
Dica # 4 Aquecimento moderno é melhor
Corrida ligeira à volta do campo e alongamentos estáticos não é suficiente. Um aquecimento adequado pode reduzir drasticamente a quantidade de lesões nos jogadores. De facto, um estudo que demonstrou uma diminuição na taxa de acidentes em 30% quando é efectuado um aquecimento adequado. Sugere-se a consulta do programa aquecimento para prevenção de lesões da FIFA. Pode poupar milhares de dólares em contas médicas.
Dica # 5 Alongamento moderno
Um alongamento moderno não se resume ao alongamento estático. Rolamento em espuma, alongamentos estáticos e alongamentos dinâmicos fazem parte dos chamados alongamentos modernos. Obviamente existem outros tipos a ter em consideração, mas por agora irão ser abordados estes.
Rolamento em espuma - É utilizado para alinhar os músculos e desfazer nós. Devem ser feitos, normalmente, antes dos alongamentos estático. Como analogia, se não se fizer o rolamento em espuma antes de alongamentos estáticos, é como puxar duas extremidades de uma corda emaranhada e com nós no meio. É necessário remover os nós antes de esticar a corda. Isto é feito rolando a espuma nos músculos . Normalmente, rolos de espuma são muito caros.
Alongamento estático – Deve ser feito para alongar o músculo após uma boa sessão de rolamento em espuma. Deve-se manter cada alongamento por cerca de 10-30 segundos em cada repetição.
Alongamento dinâmico – Após o alongamento estático é devem-se “acordar” os músculos. Estudos científicos têm demonstrado o alongamento estático reduz a força e poder. Portanto, nesta altura, é uma má ideia ajudar a concorrência. Devem ser efectuados alongamentos dinâmicos para acordar os músculos.
Para entender melhor estes três tipos de alongamento pode-se consultar Www.stretchingworld.com . É um site gratuito com um monte de grandes ideias para alongamentos.
Sumário
Estas cinco dicas devem ajudar a começar um programa de “fitness” moderno para o futebol. Se forem seguidas estas cinco dicas acredito que o jogador irá ficar mais rápido, reduzir a probabilidade de lesões e melhorar a condição física.


Este artigo foi publicado com a autorização de Taylor Tollison (www.youthsoccerskills.com) e vai ser seguido por um artigo de opinião. A tradução foi o que se pôde arranjar...

Eduardo





ARTIGO DE OPINIÂO DO EDUARDO:


Gostei tanto do artigo “5 Dicas de treino para um melhor desempenho no Futebol” que decidi partilhá-lo.
E, quanto a mim, utilizando a 1ª dica, o artigo credibiliza-se a si próprio uma vez que tudo a que se refere já me havia sido explicado há uns tempos, em poucos minutos, por quem sabe do que fala, tanto na teoria como na prática: Paulo Barreto.
Irei publicar, em breve, um artigo acerca do Paulo Barreto: a sua experiência como atleta de futebol (1ª divisão), basquetebol (1ª divisão) e como treinador de jovens com os inúmeros títulos nacionais conquistados nas mais diversas modalidades entre as quais Triatlo, Patins em Linha e Xadrez.
O Tomás sempre foi um atleta bastante ecléctico, pois praticamente desde que nasceu, no Clube B. Landia que era treinado pelo Paulo Barreto. Antes de entrar para o futebol já tinha sido campeão nacional por equipas em Triatlo e Corridas de Velocidade em Patins em Linha além do habitual Xadrez. Ao nível do Barreiro, na Natação, ganhava todas as provas aos da sua idade e no atletismo estava sempre nos primeiros lugares (corrida, corta-mato, etc.).
Aos 10 anos deixou quase todas as outras modalidades para se dedicar ao futebol no Luso FC. Pensei eu que, com a sua preparação física, iria aguentar jogos inteiros a correr para trás e para adiante.
Qual não foi o meu espanto quando vi o Tomás sair cansadíssimo dos primeiros jogos.
Resolvi perguntar ao Paulo Barreto porque é que um atleta como o Tomás, com uma condição física superior ao normal se cansava tanto. O Paulo fez o favor de me explicar que o corpo do Tomás não estava preparado para este tipo de solicitação: pára, arranca, corre rápido, corre lento. Enfim, o que este artigo, 4 anos depois, veio confirmar.
A confirmar também este artigo temos o caso do João Aiveca.
Para quem está ligado ao Barreirense e/ou acompanhou a Selecção de Sub 14 no Torneio Lopes da Silva, como é que explica que o João Aiveca, vencedor de diversas de provas de corta-mato (este ano lectivo inclusive foi o campeão da sua escola) tenha “rebentado” ao fim de 3 jogos na Selecção de Sub 14?
A jogar numa posição que não é das mais exigentes em termos físicos (defesa direito), mesmo sabendo que não é jogador para estar “muito quieto” e dá algumas arrancadas, a equipa técnica teve lhe fazer uma recuperação específica aos músculos das pernas.
Terá a ver, com certeza, com a especificidade do esforço requerido pelo futebol que difere dos requisitos de um corta-mato.
Os treinos de futebol que teve nesta época, com os seus 30 minutos de corrida à volta do campo, o João ficou realmente preparado para os as corridas de corta-mato e, como diz o artigo, para as provas de corrida de 30 minutos (caso houvessem).
Pena que não tenham servido para o futebol.
Eduardo

(espero que não se importe, Eduardo, que repita aqui no blog do Almada os seus artigos extremamente interessantes. Eu adorei)
JPF escreve:
Muito interessante.
Na verdade, posso relembrar aqui uma conversa que tive recentemente com o Mister fernando, do Almada. Comentávamos que havia uns pais que já tinham manifestado discordância quanto aos métodos de treino da escola geração benfica. Alegavam esses pais que os nossos miúdos no Almada só não ganhavam mais jogos porque não tinham a força de outros, porque não faziam as tais corridas à volta do campo. O mister Fernando por várias vezes explicou a diferentes pais que essa era uma ideia errada. Que os miúdos deveriam treinar precisamente as corridas que vão fazer em jogo. Assim sim, estarão mais preparados para, em competição, aguentarem aquele ritmo do pára-arranca, de sprints repentinos, e depois pode ter 5 minutos quase parado, depois mais sprint de 30 metros, mais descanso, mais sprint de 80 metros... etc etc... Com situações semelhantes à que encontram em jogo!
E dava, precisamente, como prova de que o método que está definido pelo Benfica para as suas escolas de formação (que aliás é seguido em praticcamente todas as modernas escolas de futebol) estava a dar os resultados pretendidos, porque raramente vemos miudos no final do jogo exaustos.
Nem assim esses pais se convenceram... sempre com aquela velha ideia de que «antigamente é que se fazia bem».

Ora, caro Eduardo, posso agora dar um contributo para a sua reflexão: Sabe o Eduardo, assim como sabem todos os pais que acompanharam o Torneio Lopes da Silva e todos os treinos da Selecção que o precederam, que a imagem de marca dos miúdos do Almada que estavam na selecção era precisamente essa: «Os miúdos estão sempre com grande intensidade do primeiro ao último minuto: Iuri, Gonçalo e Mário, são dos tais miudos que parece que nunca se cansam!

Se ler isto, o pai do Varandas, o Carlos,  vai rir-se... porque costumamos sempre os dois largar umas gargalhadas nos jogos do Almada quando se dá aquele momento em que o Almada marca um golo, e a equipa adversária mete a bola em jogo no circulo a meio campo.



Que é que, inevitavelmente acontece? Estejamos a perder, estejamos a ganhar por 1-0, ou estejamos a ganhar por 9 a 0... ? Quem sabe???


EHEHEH, Carlos aposto que já te estás a rir às gargalhadas  eheheeh!!!!

Pois é: Dá-se sempre o Mesmo: É o Iuri a fazer um sprint a correr para a bola, sempre a dar o seu máximo. Ainda não aconteceu (acho eu) mas um dia o Iuri vai conseguir ir lá roubar a bola com aquele sprint de 20 metros... seja no primeiro minuto, seja no último minuto!

E porque é que estes miúdos conseguem isso?
Pela explicação que o Eduardo nos deu. Porque os treinos devem adaptar-se ao tipo de exercício que vão ter em jogo!

Outra coisa que posso dizer vai ser uma inovação nos treinos na próxima época, que têm a ver com isto, (espero não estar a cometer nenhuma inconfidência) é que os treinos vão ter precisamente o mesmo tempo de jogo: 70 minutos! Vão ser ainda mais intensos, mas mais curtos.
Ou seja, cada vez mais aproximado ao exercício real que vão ter em jogo!  Tudo isto está testado, estudado científicamente... Nada de novo.

Faz-se assim no Almada há 3 anos... e se calhar é por isso que o meu filho foi à selecção de Setúbal... digo eu...


A REFERÊNCIA QUE FIZ ÀS COISAS DO ANTIGAMENTE

Suscitou-me uma outra questão:

Muitos de vós jogaram futebol em miúdos, como eu. Sou de 1966, do ano do Paulo Futre, e não me esqueço de algumas coisas que me pareciam na altura serem muito úteis, mas que se deixaram de se fazer... e essas, confesso, não sei porque deixaram de se fazer. Pareciam-me interessantes e com resultados positivos:

Recordo aqui algumas:

- Nos jogos no pico do Inverno, muitas vezes com temperaturas baixíssimas, depois de equipas eram feitas massagens nos musculos das pernas com um óleo, não me lembro o nome, lembro-me apenas que tinha um cheiro horrível. Mas de facto ajudava... aquecia os musculos.


- Também no pico do frio, por vezes era servido um chá doce e quente ao intervalo, que ajudava a compensar os níveis e ao mesmo tempo aquecia também o organismo.

- Ao contrário, no verão, com a desidratação, um esforço físico muito maior, também se dava aos jogadores umas bolachinhas com marmelada. Não falamos de grandes quantidades, obviamente não faria bem encher a barriga a meio do jogo... mas uma ou duas bolachinhas com marmelada ajudava a repor os niveis.

Tudo isto acabou!
Alguém sabe porquê?
Será que era contraproducente?

Soube que agora no torneio das selecções davam ao intervalo e no final dos jogos bebidas «com sabor esquisito» dizem os miudos. Provavelmente bebidas energéticas.
Provavelmente fazem muito melhor que os chás e as bolachinhas... não faço ideia!

ABRAÇOS E FELICIDADES



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