Não existe a equipa ideal!

Não existem equipas ideais. E todas as soluções que alguém quisesse experimentar têm o seu lado positivo e o seu lado negativo.!

A solução encontrada (divisão das equipas pelo ano de nascimento)  e que está a funcionar agora tem um lado positivo óbvio:

Todos os miúdos estão a jogar! Todos!
E, a meu ver, este é um critério racional muito válido! mesmo que se critique que a equipa «A» não vá tão longe como poderia ir, na verdade, com esta divisão, todos estão a jogar... Bem sei que é triste ver a equipa muitas vezes sem suplentes no banco... Percebo isso! Percebo os argumentos dos pais! Que muitas vezes dizem: «Desistiram da equipa A»


Mas sempre ouvi dizer que o mais importante para os miúdos é jogar!

Ou seja, deixo bem claro, que apesar de saber que muita gente é contra esta divisão, eu não a vejo como um problema. pelo contrário, tem duas grandes virtudes: Jogam todos, e estamos a formar a equipa de Iniciados do ano que vem!

Tem esse lado negativo! A equipa «A», que devia ser a mais importante, está desvalorizada! Chega a ir para jogos quase sem banco...

De qualquer forma, se por acaso alguém quisesse fazer a melhor equipa de todo o conjunto de miúdos de Iniciados que temos, não tenho quaisquer dúvidas sobre qual seria a minha escolha.
Ressalvo que é a minha escolha de hoje...  E não se baseia no mérito individual de cada jogador.
Baseia-se, sim, naquilo que sempre defendi: na capacidade de trabalho em equipa. Ou seja, baseava esta equipa em soluções que têm provas dadas! Se fosse apenas a ver individualmente cada jogador a escolha seria obviamente diferente!
No início da época teria feito uma escolha completamente diferente!  Porque nessa altura olhava para os miúdos individualmente, para as suas características técnicas. Agora tenho outros dados que não tinha no início da época. Por exemplo, vejo que a equipa «B» encontrou um estilo de jogo eficaz. Encontrou rotinas. E vejo que a equipa «A» continua com problemas graves em fazer circular a bola... Logo, se mantivesse a estrutura base da equipa «B» apenas juntando algumas pedras-base da equipa «A» tenho a certeza que teríamos uma equipa fabulosa...


Eis a minha solução para a equipa «A»
Era muito chato, porque a maioria dos miúdos de 1996 ficavam no banco ou nem eram convocados, mas a espinha dorsal da equipa era baseada nos miúdos de 1997! Porque, do que tenho visto, há ali um fio de jogo, há um espírito de grupo, há uma coerência no método, na organização, na ocupação do espaço. Logo, aproveitava a espinha dorsal dessa equipa.


Dos miúdos de 1996 só metia no 11 principal o guarda-redes André, o Paneira a defesa esquerdo, o Tiago Silva a central, o Luís Branca a médio defensivo e o João Neves a avançado. Tudo o resto era a estrutura da equipa «B», que está a funcionar muito bem e tem provas dadas:

Na defesa, Rafa (ou Marcos) à direita, Santana com Tiago Silva ao meio, Paneira à esquerda!

Os 3 médios tinha que os experimentar em versões diferentes:
A versão que tem funcionado impecavelmente nestes 8 últimos jogos dos «B» tem sido mais ou menos esta:

Leo, Mário e Ezequiel  ou (esta a solução ideal quando Gonçalo joga à frente, ponta de lança)
Mário, Leo e Gonçalo ou
Mário, Ezequiel e Gonçalo


Com o Luís Branca a médio defensivo, experimentaria ainda:

Luís, Mário e Gonçalo
Luís, Leo e Ezequiel
Luís, Leo e Gonçalo

Na frente, não tem nada que enganar. Tem funcionado na perfeição:

- temos dois dos jogadores mais rápidos do distrito; O Iuri á direita e o Varandas à esquerda.
São jogadores que conseguem uma taxa de sucesso de ultrapassagem dos defesas muito elevada!
É verdade que há 2 anos esbanjavam esse crédito ao tentarem chutar sem ângulo, ou voltavam atrás para tentar rematar... havia ali muito desperdício de oportunidades. Hoje estão jogadores muito mais inteligentes, levantam a cabeça e centram para onde estão os colegas e rematam quando é de rematar!

São dois elementos que fazem a diferença desde que..., ah pois é... há sempre um mas... desde que alguém lhes ponha a bola nos espaços vazios. É que eu não me esqueço de alguns jogos que vi da equipa «A» em que o Varandas esteve o jogo todo encostado à linha e não lá chegava uma única bola... uma única... andava ali o miúdo a correr para trás e para a frente... e a bola não saía do meio campo... fintinha e mais fintinha...
Ou seja, a solução Iuri á direita e Varandas à esquerda só funciona se tivermos médios que lhes metem a bola no sítio certo...

Iuri à direita, Varandas à esquerda e João Neves ao meio

Quando não funcionasse, experimentar o Gonçalo ao meio

O João Neves pode também ser testado à linha!

Pelo que me têm contado, um dos problemas na equipa «A» é que a bola não chega lá à frente.

Ora, do que tenho visto na equipa «B» é o contrário, tanto o Leo como o Mário ou o Ezequiel chegam a meter em cada jogo 10 a 20 bolas no espaço vazio... Trocam muito bem a bola entre eles no meio campo e metem muitas bolas na frente... Ou seja, quando temos a solução feita, para quê complicar?

Com este conjunto, se tivesse começado a época assim, não tenho a menor dúvida que tínhamos acabado a época lá nos primeiros lugares...

Agora, como todas as soluções, esta tinha os seus custos. Praticamente não havia equipa «B», tinham que jogar com infantis... ... e muitos miúdos da equipa «A» iam passar muitos minutos no banco! Muitos mesmo!

Ou seja... esta era uma solução para ganhar jogos esquecendo tudo o resto... O que, também vos digo, não me agrada nada!

Sempre achei que o importante nestas idades é que os miúdos se divirtam! Deixem-nos divertir-se mais um pouco!

A partir dos juvenis... aí sim... é para esquecer! Quem não tem lugar na equipa... só tem uma solução, escolher outro clube, ou escolher outro desporto!

Continuo a dizer, a meu ver esta divisão das equipas pode ter prejudicado a equipa «A», (admito que sim e compreendo a tristeza de alguns pais) mas criou uma possibilidade que nunca se descobriria: temos uma equipa a jogar em equipa. Os de 1997!
E só por isso... eu acho que ganhámos muito!

(só coloco aqui esta ideia porque sei que não influencia nada... a época acabou! Mas, sinceramente...num plano teórico, acho que não era nada má ideia, no fundo era uma equipa «B» reforçada...)